SINRAD-DF e sua história.

 

                            O Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal, assim como as outras entidades sindicais, teve seu início como Associação Profissional dos Radialistas, no ano de 1981, depois de um período de articulação de alguns dos integrantes da categoria, que num primeiro momento não passava de uma articulação, visando constituir um corpo associativo para congregar os Radialistas com fins recreativos e valorização da categoria no contexto da sociedade, sem o objetivo, no entanto, de fazer a luta por convenção coletiva de trabalho.

            Logo que se iniciaram às primeiras reuniões, alguns dos integrantes do movimento defenderam que a Associação tivesse o caráter profissional, condição exigida pelo Ministério do Trabalho para se requerer a Carta Sindical. Vencida esta proposta, registrou-se a associação com sua respectiva diretoria, que teve como missão principal associar os Radialistas e, por consequência, entrar junto ao Ministério do Trabalho com o pedido da Carta Sindical, que veio a ser concedida em 1981.

            O que antes era uma associação civil dos Radialistas, passou a ser, o que hoje temos, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão do Distrito Federal, a exemplo dos que já existiam pelo Brasil.

            Eleita, a primeira diretoria do novo Sindicato partiu para seu trabalho natural de levar ao patronal uma proposta de celebração da Convenção Coletiva da categoria. Para isso, o Sindicato convocou a primeira assembleia para discussão e aprovação da pauta de reivindicações.

            Logo na primeira assembleia pró-pauta de negociação, nasceu o movimento de oposição, hoje, representado pela atual diretoria do nosso sindicato. Isso, porque, o movimento de oposição distribuiu na assembleia uma minuta de pauta, que colocou em questão a intenção daqueles que compunham a primeira diretoria do nosso sindicato.

            O que poderia ter sido tão somente um embate entre as cláusulas das duas diferentes propostas se transformou, para surpresa da própria oposição, em uma crise, que redundou no pedido de renúncia do presidente do Sindicato, que passou a ser presidido pelo vice-presidente da época, Valdo Leite.

            Ao fim de três mandatos consecutivos da direção, sempre com a disputa eleitoral entre duas chapas (situação, liderada pelo Valdo Leite x oposição, liderada por Chico Pereira), finalmente a oposição com apoio de vários sindicatos de outras categorias e da CUT – Central Única dos Trabalhadores, venceu o processo eleitoral, dando origem ao modelo de luta em defesa da categoria, que predomina até hoje.

             Ao longo deste processo histórico, muitos foram os momentos de lutas levados pela diretoria do Sindicato em consonância com o conjunto dos Radialistas, primeiramente do Distrito Federal e, mais tarde com os Radialistas de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais dentro do Movimento Nacional dos Radialistas, que originou a Fitert – Federação Interestadual dos Trabalhadores de Radiodifusão e Televisão como contraposição à FENART – Federação Nacional dos Trabalhadores de Radiodifusão e Televisão.

            Na luta de fortalecimento da categoria dos Radialistas, é possível destacar o movimento grevista da nossa categoria em 1988, marcado por paralisação em todas emissoras do Distrito Federal, quando começamos ali, um processo de reconhecimento da força da categoria frente aos patrões.

          Desta data em diante, o Sindicato dos Radialistas do DF, sempre teve como política levar às últimas consequências a defesa da lei dos Radialistas, a recuperação salarial e a conquista de mais direitos, a cada Convenção Coletiva celebrada. A cada nova eleição, mantivemos a política de renovação da diretoria através de inclusão de novos integrantes, sempre na perspectiva de melhor atender os anseios da categoria e do conjunto da classe trabalhadora.

            Dentro de uma política de fortalecimento do Sindicato dos Radialistas, graças a colaboração das diretorias, que vêm se sucedendo, o nosso Sindicato, além das vitórias consignadas ao longo deste anos, sob a presidência de Francisco Pereira da Silva (Chico Pereira), Crispim Soares de Almeida Neto, Osman de Oliveira Melo, Neide Aparecida Rodrigues de Morais, Carlos Alberto de Macedo Paes (Carlinhos) e Marco Antonio Arguelho Clemente (Marquinho), bem como dos tesoureiros, Ronaldo da Cruz Naves, Neide Aparecida Rodrigues de Morais e Gustavo Alexandre Viana Martins. Durante as gestões que se sucederam juntamente com os demais integrantes da diretoria o Sindicato dos Radialistas conquistou sede própria, clube e um rígido histórico de cumprimento com suas obrigações financeiras, além de uma zelosa representação sindical.